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Buscando a Ele no silêncio

Esse texto nasce de uma inquietude minha e da falta de ideias. Nasce de uma procura de solução para a minha desorganização no meu tempo e no meu coração. Essa ansiedade me levou a ler vários textos e seria impossível dar créditos a cada um e dizer qual a reflexão vinda de cada um, ainda que a primeira ideia fosse fazer isso e que nesse texto deva fazer citações indiretas a alguns deles. Mas a primeira coisa que quero citar é um trecho de um hino.
Ouça Sua voz na quietude nos chamando a andar em Sua luz; Ouça a Criação nos mostrando o que a Sua glória produz. Ouça a Sua sabedoria, as verdades que Ele escreveu; Prove a paz da Sua presença. Ouça Sua voz.
E quero me chamar e te chamar à quietude. Há vários tempos tempos tenho refletido sobre a questão do silêncio, sendo mais específica sobre o quanto resistimos ao silêncio. Isso é importante porque reflete na forma que oramos, quase nunca fazendo orações regulares ou não correndo ao Senhor como Ana fez e como Daniel fazia. Outra questão é a de separar um tempo, olho para a vida dos homens e mulheres da bíblia e penso que não tenho tanto tempo quanto eles. Daniel não passava quatro horas por dia usando um transporte público demorado. Mas ao mesmo tempo mantenho passatempos inúteis ou que não são tão úteis quanto as disciplinas espirituais.
Por mais que pareça muito difícil ou sem condições de ser encaixado aos meus dias corridos, tenho boas lembranças e saudade de formas como isso já foi integrado a minha rotina, seja em pequenos devocionais entre uma aula e outra da faculdade ou de dias de aflição em ao invés de ir para o Instagram ou procurar um amigo fui antes ao meu Grande Amigo. Mas recomeçar sempre é difícil por isso selecionei algumas ferramentas e estou tentando criar estratégias para não desperdiçar a minha vida.

Iniciando um diário

Sou daquelas pessoas inconstantes, instáveis, preguiçosas pra refletir e planejar, um diário pra mim parece um grande desafio inútil. Mas ao ler o testemunho do Pastor John Piper sobre manter um diário percebi que o desafio pode ser bem mais útil do que eu pensei e além disso o testemunho da Francine do Graça em Flor também contribuiu para que eu pensasse sobre isso algum tempo atrás.
Para que eu tivesse uma boa direção sobre como fazer e para que fazer li um artigo e não pretendo repetir o que foi dito lá nesse texto mas mostrar algumas das minhas aplicações e talvez acrescentar alguma coisa.
Para fazer com que o diário não seja apenas o caderno inutilizado cheio de folhas vazias largado em algum lugar da casa é preciso que ele seja meu, que esteja comigo por onde eu estiver e que seja uma extensão do que está na minha cabeça, como um tear. Além disso, é preciso paciência para criar o hábito, esperando e sempre fazendo um pouco. Preciso estar disposta a anotar meus pequenos aprendizados, vivências e orações fruto de um caminhar com Cristo.
Faça do seu diário como as pedras que serviam de testemunho sobre o que Deus havia feito no Velho Testamento e como os altares que reconheciam o quanto Deus devia ser louvado pelo que faz e é!

Separando tempo

Nos dias corridos é preciso marcar hora para estar com o Senhor. Se sei que todo o meu dia será corrido pode ser necessário acordar antes ou pular uma tarefa secundária preciso estar disposta a isso também. Mas na maior parte das vezes o tempo que gastaria com oração e um devocional é o que passo nas minhas redes sociais, ou lendo algo que não é tão urgente ou importante, ou em conversas inúteis, ou em descanso inútil.

Decidindo

A parte que vai fazer tudo isso funcionar e todo o resto por toda a vida é decidir fazer. Não decidir por decidir, mas entendendo a necessidade e decidir fazer pelo poder dEle, se submetendo a soberania de Deus e para Ele. Pouco adianta que eu saiba tão bem o que fazer se amanhã ou na próxima semana ou próximo mês eu já não me importar ou ignorar essas resoluções.
Então oremos ao Senhor e na dependência dEle busquemos caminhar cada vez pra mais perto.


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